De acordo com o islamismo, Maomé estava andando em um deserto perto de Meca 610 d.C., onde atualmente localiza-se a Arábia Saudita. Certa noite, uma voz vinda do céu o chamou. Segundo a tradição foi a voz do anjo Gabriel que falou que Maomé tinha sido escolhido para receber a palavra de Alá. Nos dias posteriores, Maomé começou a falar os versos que seriam transcritos, compondo o Alcorão.
O início do ramadã em cada ano é baseado na combinação das observações da Lua e em cálculos astronômicos. O término do ramadã é determinado de maneira semelhante, por isso, as datas variam de ano a ano, podendo ser realizado em diferentes meses e estações.
O ramadã é um dos mais tradicionais e importantes eventos anuais para os muçulmanos e compõe um dos cinco pilares (Shahada - profissão de fé, Salah - cinco orações diárias, Sakat - caridades, Ramadã/Suam - jejum e Hajj - peregrinação a Meca), ou obrigações, da fé islâmica.
Quem deve ou não praticá-lo
Segundo a Jurisprudência Islâmica, o jejum é obrigatório para todo muçulmano que tenha atingido a puberdade e que goze de perfeita saúde física e mental.
O primeiro jejum de uma pessoa na comunidade muçulmana é algo para celebração e festa. A isenção temporária do jejum é baseada nas circunstâncias individuais, que precisam ser analisadas durante o mês e, aconselhadas por um Imam (líder religioso) ou por um estudioso islâmico. No entanto, na maioria dos casos os dias de jejum perdidos terão de ser compensados por um número de dias iguais, a qualquer momento antes do próximo ramadã.
No caso de um doente terminal ou de uma doença incurável a pessoa deixa de jejuar definitivamente, tendo que dar uma refeição a um necessitado para cada dia não jejuado, ou o equivalente ao valor de uma refeição, caso tenha condições para tal, caso contrário não está obrigado a nada.
O jejum é feito por cerca de 29 dias entre o nascer e o pôr do sol e traz implicações no cotidiano. Muitos ataques a igrejas e cidadãos cristãos costumam acontecer nos últimos dias do ramadã. Um desses dias é denominado de Laylat al-Qadr (literalmente "Noite do Destino", também conhecida como "Noite do Poder") e que normalmente é comemorado no 27º dia do jejum. Neste dia acredita-se que o profeta Maomé tenha recebido a revelação dos primeiros versos do Alcorão. Muitos cristãos do mundo muçulmano são alvo de processos penais e violência por se negarem a praticar o jejum islâmico.
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