Ok
Notícias

Quer ganhar 1 curso de teologia grátis?
Então me chame no Whatsapp

Vida na corda bamba

Ao anoitecer, um homem entrou na modesta casa onde o pastor Gabriel * estava hospedado e pediu para que ele saísse. Lá fora, um grupo de 10 guerrilheiros o esperava. Eles amarraram Gabriel e o levaram para a floresta.

"Nós vamos matá-lo", disseram a ele, quase se desculpando. "Por favor, entenda que isso não é decisão nossa. Nós recebemos ordens do alto comando para matar qualquer pastor que entre em nosso território".

Está gostando desse conteúdo?

Cadastre seu email no campo abaixo para ser o primeiro a receber novas atualizações do site.

Fique atualizado! Cadastre para receber livros, CDs e revistas promocionais.

Gabriel havia viajado quatro horas até o pequeno vilarejo na zona rural para realizar um casamento e um batismo. A congregação local era nova, plantada por cristãos que haviam conhecido o evangelho através do ministério de Gabriel no rádio e pelas pregações ocasionais em áreas controladas.

"Então, é isso. Vou morrer nesta noite", disse Gabriel a si mesmo. Ele já havia encarado a morte antes. De fato, essa era a quinta vez que homens aramados o seqüestravam em 17 anos, desde que ele e sua esposa se mudaram de Bogotá para pastorear uma igreja na região problemática de floresta da Colômbia.

O primeiro seqüestro aconteceu em 1988, seu primeiro ano na igreja. Após quatro dias de perguntas sobre seu ministério, os guerrilheiros decidiram que Gabriel não era culpado de "crimes anti-revolucionários" e o deixaram ir. Seqüestros semelhante aconteceram em 1992 e 1994 que também acabaram pacificamente.

Um dia, a alguns meses atrás, comandantes rebeldes forçadamente "convidaram" Gabriel e outro líder da comunidade para um lugar escondido e incitaram-lhes a se oporem a um projeto realizado em parceria com o Japão e os Estados Unidos. Após ouvir o pedido deles, Gabriel respondeu aos rebeldes como sempre fazia: "Eu estou fazendo o trabalho de Deus. Meus planos não dependem de cooperação, seja com o governo ou com a revolução. Eu tenho sempre mantido neutralidade e minha intenção é continuar assim".

Apesar de não ter sido a resposta esperada pelos líderes da guerrilha, eles aceitaram e deixaram Gabriel sozinho. Isto é, até esta noite.

"O que eu fiz para merecer a morte?", perguntou Gabriel enquanto os guerrilheiros o conduziam floresta a dentro. A pergunta em si era um esforço. Eles haviam enrolado uma corda bem apertada em seu pescoço e amarraram seus punhos atrás de suas costas. Se ele relaxasse seus braços, a corda apertava sua garganta e ele sufocava.

"Primeiro, porque você fala no rádio sobre amar o seu vizinho e viver em paz", eles responderam. "Por sua culpa, nós achamos que muitos jovens estão negando se juntar às forças armadas."

"Eu prego o evangelho de Jesus Cristo," respondeu Gabriel com a voz tranqüila. "Deus me chamou para compartilhar de Jesus com os colombianos. Se pregar o evangelho me torna seu inimigo, bem, esta não era a minha intenção. Mas eu não posso desobedecer a Deus."

Os insurgentes ficaram quietos por um tempo. Eles esperavam ouvir essa resposta. Eles já a tinham ouvido antes.

A outra razão para matá-lo era mais convincente. Eles sabiam sobre o trabalho de Gabriel com os órfãos de guerra. "Nós sabemos que você está recebendo dinheiro dos imperialistas norte-americanos para realizar o seu trabalho. Eles são nossos inimigos e, se você trabalha com eles, você também é nosso inimigo."

Gabriel suspirou. Ele havia enfrentado essa acusação antes. Na primeira vez que os insurgentes o seqüestraram, eles o acusaram de receber seu salário de pastor de uma missão americana. Se ele não tivesse provado que ele e sua esposa sustentavam sua família com empregos de meio período, eles o teriam matado naquele momento.

Agora ele compreendeu que eles achavam que o dinheiro arrecadado para providenciar refeições quentes para os órfãos da guerra vinha de doadores estrangeiros. Os insurgentes também presumiram que os "gringos" haviam providenciado os fundos para equipar o parquinho que Gabriel montou para as crianças, assim como o centro em que passavam a tarde, onde professores voluntários ajudavam-nas com os estudos da escola.

"Eu não recebo um centavo de fora para fazer essas coisas," respondeu Gabriel honestamente. "Minha igreja começou esse programa porque nós queremos ajudar as crianças. Comerciantes locais nos dão a comida e nossos ouvintes do rádio enviam as doações. O programa é inteiramente sustentado pela comunidade local."

Os guerrilheiros finalmente pararam de interrogar Gabriel e foram embora, deixando-o sozinho na escuridão. Gabriel presumiu que eles estavam planejando sua execução. Era o momento de preparar sua alma.

"Deus, eu não esperava morrer agora; ainda não terminei meu trabalho na terra," ele orou. "Mas se é isso que deve acontecer, eu peço duas coisas. Por favor, levante outra pessoa para continuar no meu lugar. Não deixe que meu trabalho tenha sido em vão. Segundo, assim como o Senhor fez com Saulo de Tarso quando o seu servo Estêvão foi martirizado, eu oro que alguém que esteja próximo de mim na minha morte, se arrependa e venha a conhecê-Lo como Senhor."

Gabriel ficou orando sentado sozinho até uma hora da manhã, quando os guerrilheiros retornaram. Para sua surpresa, eles começaram a desamarrar a corda.

"Nós vamos lhe dar outra oportunidade para viver", eles disseram solenemente. "Mas, você não poderá voltar aqui. Se você voltar, nós o matamos. Nós temos nossas ordens."

Gabriel não pôde evitar a pergunta: "Por que vocês estão poupando a minha vida?"

"Por causa daquelas crianças, aqueles órfãos," eles responderam. "Alguns deles são nossos órfãos. Seus pais eram nossos companheiros."

Eles olharam para Gabriel atentamente. O que eles disseram depois foi tanto um pedido quanto um perdão.

"Você é a única pessoa que nós conhecemos que realmente se importa com aquelas crianças. Se nós o matarmos, elas não terão ninguém."

* Por motivo de segurança, o nome foi alterado.

Nota: Como vários pastores e líderes de comunidades na Colômbia rural, Gabriel precisa andar na corda bamba entre facções da oposição na longa guerra civil do país. Rumores e suspeitas levaram a vida de vários inocentes, pessoas bem intencionadas. Portas Abertas fornece treinamento para cristãos locais com o objetivo de ajudá-los a manter um testemunho transparente e bíblico em um ambiente violento no qual eles precisam viver. Para mais informações sobre como você pode ajudar no treinamento de pastores locais como Gabriel, entre em contato conosco e informe-se sobre o seminário Permanecendo Firme Através da Tempestade.

Fonte: https://www.portasabertas.org.br/noticias/testemunhos/2005/11/noticia2158/


Qual sua opinião sobre esta noticia?
Deixe seu Comentário abaixo:
(*)Campos obrigatórios, e-mail e telefone não serão publicados)
Notícias de Líderes
Pastor José Wellington Bezerra da Costa
Apóstolo Renê Terra Nova
Pastor Gilvan Rodrigues
Bispa Cléo Ribeiro Rossafa
Pastor Samuel Camara
Pastor Jorge Linhares
Pastor Reuel Pereira Feitosa
Apóstolo Valdemiro Santiago
Pastora Sarah Sheeva
Bispa Lucia Rodovalho
Pastor Carvalho Junior
Bispa Sonia Hernandes
Apóstolo Estevam Hernandes
Pastor Oseias Gomes
Pastor Márcio Valadão
Pastora Helena Tannure
Pastor Benny Hinn
Pastor Geziel Gomes
Pastor Yossef Akiva
Pastor Elson de Assis
Pastor Adão Santos
Pastor Josué Gonçalves
Missionário David Miranda
Pastor Samuel Ferreira
Pastor Samuel Mariano
Pastor Julio Ribeiro
Pastor Lucinho
Pastor Claudio Duarte
Pastor Hidekazu Takayama
Bispo Rodovalho
Pastora Joyce Meyer
Bispa Ingrid Duque
Missionário RR Soares
Apóstolo Agenor Duque
Pastor Aluizio Silva
Pastor Gilmar Santos
Pastor Marco Feliciano
Apóstolo César Augusto
Pastor Abílio Santana
Pastor Billy Graham

O Seminário Gospel oferece cursos livres de confissão religiosa cristã que são totalmente à distância, você estuda em casa, são livres de heresias e doutrinas antibiblicas, sem vinculo com o MEC, são monitorados por Igrejas, Pastores e Teólogos de Grandes Ministérios totalmente baseado na Santa Palavra de Deus, ao final você recebe DOCUMENTAÇÃO INTERNACIONAL valida no âmbito religioso.

Notícias de Cantores
Cantora Fernanda Brum
Cantora Andrea Fontes
Cantora Elaine de Jesus
Cantora Damares
Cantor Irmão Lázaro
Cantora Nivea Soares
Cantora Rose Nascimento
Cantora Lauriete
Voz da Verdade
Cantora Ludmila Ferber
Cantora Ana Paula Valadão
Cantora Alda Célia
Cantor André Valadão
Ministério Renascer Praise
Cantora Bruna Karla
Cantor Regis Danese
Cantora Shirley Carvalhaes
Cantora Aline Barros
Ministério Diante do Trono
Cantor Mattos Nascimento
Cantora Lea Mendonça
Cantora Mara Lima
Banda Oficina G3
Cantor Fernandinho
Cantor Davi Sacer
Cantor Marquinhos Gomes
Cantora Karen Martins
Cantora Cassiane