Uma pesquisa canadense será publicada no próximo mês no “Review of Religious Research”, um jornal de renome internacional. Os pesquisadores entrevistaram 2.225 pessoas em Ontário, Canadá. De acordo com o jornal “The Guardian”, eles descobriram que as igrejas que apresentam crescimento "se mantem mais firmes nas crenças tradicionais do cristianismo e são mais diligentes em coisas como a oração e a leitura da Bíblia". Foi o que disse David Haskell, o principal pesquisador.

"Estamos falando sobre qual sistema de crenças é mais provável que leve uma igreja a crescer de forma numérica, entre as congregações protestantes. A evidência sugere que a teologia conservadora é a vencedora", ressalta.

David sugeriu que, em geral, os grupos sociais com uma mensagem consistente, unida e com limites rígidos são mais atraentes para pessoas que ainda não são cristãs. Ele disse que os cristãos conservadores tendem a ser mais unificados em suas prioridades e em manter a mesma compreensão de certo e errado.

"Isso também os torna mais confiantes e, para aqueles que olham para fora, a confiança é persuasiva por si só. A confiança misturada com uma mensagem, que é edificante, reconfortante ou basicamente positiva é uma combinação atraente", afirmou.

Números

O estudo descobriu que 100% dos líderes das igrejas em crescimento concordaram que é "muito importante encorajar os não cristãos a se tornarem cristãos" em comparação com apenas 50% das igrejas em declínio.

E 71% dos líderes das igrejas em crescimento leem a Bíblia diariamente, em comparação com apenas 19% das igrejas em declínio.

"Os crentes conservadores, confiando em uma interpretação bastante literal da escritura, estão 'certos' de que aqueles que não são convertidos ao cristianismo perderão sua chance de vida eterna", disse Haskell.

"Porque eles estão profundamente convencidos dos benefícios que salvam vidas, que alteram a vida, que somente sua fé pode proporcionar. São motivados por emoções de compaixão e preocupação para recrutar familiares, amigos e conhecidos em sua fé e em sua igreja”, pontuou.

A Igreja da Inglaterra tem estado em um declínio constante durante décadas. Os números mostraram que a frequência regular caiu para o menor número de todos os tempos. Mas um número de igrejas grandes quebram o molde do declínio e tendem a caber dentro da interpretação de Haskell, porque geralmente possuem uma teologia mais conservadora.