O momento do jogo é delicado, a pressão está grande ou a ansiedade aperta. A paulista Nathalia Rossi então abre um pequeno livro no intervalo dos game e busca a inspiração. Mas esse não é um livro qualquer, mas sim uma Bíblia que a evangélica tenista carrega sempre na raqueteira.

“Isso me traz tranquilidade, me mantém concentrada e ajuda a relaxar um pouco nas horas complicadas”, conta ela, que disputou neste domingo a final do ITF de Fortaleza e saiu com o vice. “Eu simplesmente abro a Bíblia em qualquer página e leio”. Devota, ela frequenta a igreja mesmo quando está viajando. “Existem congregações cristãs em quase todos os estados, então fica fácil”.

A derrota para Natalia Guitler, que poderia lhe dar o terceiro título da temporada, foi fruto do cansaço. “Perdi a concentração depois do primeiro set. Estava talvez confiante demais, porque havia ganhado dela em outros confrontos, mas Guitler jogou bem e mereceu”.

Para uma tenista que começou a competir somente aos 12 anos e treina em dois períodos há apenas um, a evolução da canhota Rossi é espantosa. Ela já subiu 300 posições no ranking e deve terminar perto do número 450. “Tive um deslocamento no ombro e perdi algum tempo, voltei apenas nos últimos torneios. Mas acho que tive um ótimo ano”.