O missionário Ronaldo Lidório publicou em seu site um artigo contando sobre sua viagem à Ásia Central intitulado Ice-breakers, que você lê abaixo.
Tive o privilegio de colaborar com algumas equipes missionárias na Asia central nas últimas semanas. Pessoas preciosas partilhando o evangelho de Cristo em um contexto de franca restrição a qualquer ação evangelizadora. Algumas familias habitam áreas do interior, nas montanhas, sem eletricidade e com invernos que chegam a 30 graus abaixo de zero.
A Ásia Central é conhecida como o telhado do mundo com mais de 80% de seu território formado por altas montanhas. Abriga mais de 80 milhões de pessoas, sendo 90% de confissão islâmica, alguma influência xamânica e também forte orientação humanista devido à antiga presença soviética. Países como o Tadjiquistão, Paquistão, Casaquistão, Uzbequistão, Quirquistão e Turcomenistão, entre outros, possuem uma Igreja ainda incipiente, basicamente formada por pequenos grupos que se reúnem em casas. Há algumas poucas igrejas evangélicas oficialmente reconhecidas pelos governos, porém com igual limitação para qualquer comunicação do evangelho fora dos locais e horários autorizados para suas reuniões. Não é incomum a presença da polícia secreta nestes ajuntamentos a fim de observar alguma possível iniciativa missionária.
Por outro lado, ao passo que a situação se torna cada vez mais restrita para a presenca missionária externa, os crentes locais têm se levantado em muitos lugares com coragem e determinação para espalhar o evangelho. O povo, alegre e hospitaleiro, usa este ambiente relacional para partilhar de Jesus. Um pastor, em um destes países, partilhou como sua pequena igreja, sob constante vigilância, desenvolveu o alvo de evangelizar 1 milhão de pessoas. A cada culto eles recitam juntos a visão da comunidade: “... ser uma ferramenta de evangelização para 1 milhão de pessoas em nosso país”. Oremos por proteção do Alto bem como por coragem e oportunidades para anunciarem o evangelho. Também por amadurecimento na Palavra visto a incipiente Igreja possuir pouca literatura bíblica disponível e poucos líderes com melhor preparo.
Durante um dos seminários eu procurava alguma analogia que pudesse bem representar as equipes missionárias nesta região. Veio a minha mente a lembrança dos barcos usados para quebrar o gelo marítimo do Alasca, os conhecidos ice-breakers. São barcos pequenos, com motores potentes e a proa construída de aço com espessura dobrada, e afiada, que funciona como um machado que bate e quebra a superfície congelada dos mares do norte à medida que o barco avança.
Após os ice-breakers realizarem seu trabalho, chegam os grandes barcos turísticos que seguem para conhecer a linda e exótica região. Neste momento o clima é de festa e deslumbramento, porém quebrar o gelo não foi tarefa fácil, nem rápida. Olhando os ice-breakers de longe, as vezes tem-se a impressão que estão parados por dias em meio àqueles enormes blocos de gelo. Observando mais de perto, porém, se nota que o gelo tem sido quebrado, metro a metro, e os pequenos barcos se movem a frente, vagarosamente, realizando tão pesado trabalho.
Em várias partes do mundo a Igreja de Cristo enfrenta restrição para existir e às vezes perseguição por partilhar sua fé. A Missão Portas Abertas anuncia a lista atualizada de países onde a Igreja sofre maior perseguição. Da Amazônia Sul Americana até o continente Asiático, passando pelo Europa e o coração Africano, há vários e vários lugares onde a pregação do evangelho é restrita, seja por barreiras políticas, religiosas ou sociais. Lugares onde partilhar sua fe é um risco, seja de permanência, perseguição ou mesmo de encarceramento e morte.
Tais missionários, bem como o povo das igrejas locais, devem, porém, se lembrar que após quebrarem o gelo virão navios com milhões de pessoas que usarão o caminho penosamente aberto. Neste dia haverá deslumbramento e alegria pela bondade do Senhor que em meio ao contexto mais improvável fez algo novo acontecer. Para vocês que andam e choram enquanto semeiam, continuem a andar, chorar e semear, pois um dia o fruto da semente estará perante o Cordeiro Jesus. Cada metro de gelo quebrado é um caminho aberto para milhões.
A embrionária Igreja Asiática central tem orado intensamente para que o Senhor chame mais e mais semeadores para esta parte do mundo. Que a Igreja brasileira se levante em intercessão, apoio e envio missionário a fim de que nestas planícies e montanhas a semente germine, para a glória do Nome acima de todo Nome.
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