Representantes de seis religiões se reúnem para torcer pelo Brasil

Eles conheceram a Arena Fonte Nova, em Salvador, e pousaram com a camiseta da Seleção Brasileira

Representantes de seis líderes de religiões diferentes foram convidados pelo jornal Correio 24 Horas para conhecer o gramado da Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).

Os convidados foram o padre Ângelo Magno, da Paróquia de Sant’Ana (Rio Vermelho); o pai de santo Duchu D’Ogum, do Ilê Axé Awá Negy (Federação); o pastor evangélico Márcio Braga; o rabino Uri Lam; o sheikh Ahmad Abdul e o padre italiano Emílio Bellani.

Todos se comprometeram a torcer pela Seleção Brasileira, mas o imã Abdul, que nasceu na Nigéria, e o padre italiano confessaram que seus corações estarão divididos se o Brasil enfrentar as seleções de seus países de origem.

Os líderes escolhidos que fazem parte dos templos religiosos ao redor do estádio estão na torcida para que o Brasil seja hexacampeão.

O pai Duchu acredita que os jogadores deveriam tomar banhos cheirosos para entrar no gramado com energia positiva. “O povo da Seleção tem como obrigação procurar um terreiro para preparação de banhos cheirosos para entrar no campo com energia positiva, fazer um trabalho de odú para que tenha união e entre com o pé direito”, disse ele ao jornal.

O pastor Márcio acredita mesmo é no poder da oração, e fala em dobrar os joelhos para clamar a Deus. “Nós oramos pela nossa Seleção, estamos nesse propósito. É preciso pedir a Deus as bênçãos que queremos. Depois de todo esse investimento (no Mundial), seria vexatório perder”.

Mas o que está valendo mesmo é promover a tolerância entre as religiões através dos jogos esportivos, como explica o padre Ângelo Magno. “O esporte ajuda a dar passos para dois importantes pilares da nossa fé: o da justiça e o da caridade”, diz.

“Somos loucos pelo futebol, mas, independente de para quem for torcer, é preciso estar com o espírito de shalom (paz), e que vença o melhor”, completa o rabino Uri Lam.