As batalhas políticas internas da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) entre o pastor José Wellington, presidente da entidade, e o pastor Samuel Câmara, postulante ao cargo derrotado na última Assembleia Geral Ordinária, parecem não ter fim.

Um site cristão ligado a uma empresa do pastor Samuel Câmara publicou informação de que o pastor José Wellington estaria ligando pessoalmente para pastores que integram o grupo de apoio de Câmara para aliciá-los. A investida, segundo o site, visa minar o grupo que faz oposição interna à atual direção.

A briga política se intensificou nos últimos anos, quando o grupo de apoio a Wellington passou a buscar a expulsão da CGADB de pastores ligados a Samuel Câmara, que também foi alvo de ações disciplinares e tem tentando através da Justiça, garantir sua permanência como membro da convenção.

Um dos pastores supostamente contatados por José Wellington teria sido o vice-presidente da Assembleia de Deus em Belém, Enaldo Brito, atualmente titular no templo do Centenário Centro de Convenções da denominação na capital paraense.

Segundo relato de Brito, o pastor Wellington teria dito a seguinte frase: “Fiquei sabendo que você está esquecido e foi desvalorizado […] Você é um rapaz de talento e não dão espaço pra você…”, fazendo referência a Samuel Câmara.

O relato do pastor Enaldo Brito aponta ainda que, ao notar o tom da conversa, ele teria chamado esposa e filhos e colocado o telefone em viva-voz para que fossem testemunhas da ligação, que teria sido interrompida com a negativa do próprio Brito sobre os boatos: “Pastor me perdoe, mas não sei onde o senhor busca informações. Só sei que lhe informaram muito mal. Estou muito satisfeito na Igreja em Belém e hoje sou pastor do Centenário Centro de Convenções, uma igreja para 22 mil pessoas sentadas e uma das maiores igrejas do Brasil. Fui colocado pelo pastor Samuel Câmara que sempre me honrou”.