Um pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular publicou um texto intitulado “Convenção Quadrangular: Razões do fracasso da oposição e perspectivas de mudança”, no qual falou sobre as eleições da denominação e os motivos que levaram a mais uma vitória do pastor Mário de Oliveira nas eleições à presidência da denominação.

Sem revelar sua identidade, o pastor publicou seu texto no blog Genizah, falando sobre as eleições que ocorreram durante a 61ª Convenção Nacional em Balneário Camboriú, realizada pela igreja. Os três candidatos ao cargo de presidente do Conselho Nacional da denominação foram: o reverendo Mário de Oliveira, presidente desde 1996; o reverendo Jayme Paliarin, octogenário líder que conviveu com os pioneiros da Quadrangular, Harold Willians e Raymond Boatrigh; e o reverendo Waldir Agnello, ex-diretor da Editora Quadrangular, ex-deputado estadual de São Paulo e professor da Fundação Getúlio Vargas.

O texto afirma que a campanha que aconteceu nos meses que antecederam a convenção sugeria um pleito apertado, o que fez Mário de Oliveira “tremer nas bases como há muito tempo não se via”, mas que não foi o bastante para evitar que ele chegasse ao seu quinto mandato consecutivo.

Diante da reeleição do pastor Mário de Oliveira, o suposto pastor começou a elencar as razões que levaram ao fracasso da oposição. Segundo ele “os apoiadores dos outros candidatos passaram a creditar a vitória de Mário ao jogo duro da campanha”, e surgiram denúncias de delegações que tiveram a viagem à convenção inteiramente custeada, com o compromisso de votar em Oliveira.

Outro motivo para a reeleição do atual presidente foi a divisão entre os candidatos de oposição, que lançaram candidaturas próprias, ao invés de se unirem. Uma matéria publicada na revista Veja, trazendo acusações contra Mário de Oliveira acabou pesando também contra seus adversários, conquistando votos até mesmo de pastores que não simpatizam qual o atual líder, que acusou Waldir Agnello e Jayme Paliarin de terem pago algum repórter inescrupuloso para manchar a reputação da Igreja.

Mesmo diante da vitória de Mário de Oliveira, o pastor ressaltou a força dos seus opositores, que somados, chegaram a 40% dos pastores. “É um número que, apesar da derrota, deve motivar quem sonha com uma Igreja Quadrangular de volta às suas raízes, comprometida com o evangelho puro e simples, na linha de frente do combate às heresias. Basta fazer a lição de casa, aprender com os infortúnios, e acima de tudo, não desistir”, afirmou o pastor, que ainda afirmou que “estes 40% de votos da oposição simbolizam os 400 profetas que não dobraram seus joelhos diante de Baal”