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Organização terrorista afirma que explosões foram punição para cristãos e judeus

Quinta-feira, 10 de novembro, os protestos tomaram contas das ruas da capital, Amã, depois que a rede terrorista al-Qaida disse ter realizado três explosões suicidas nos hotéis americanos que mataram no mínimo 56 pessoas. A razão, segundo eles, foi a punição de cristãos e judeus.

"Um grupo dos nossos melhores homens iniciou o ataque em alguns esconderijos ... Depois de examinar cuidadosamente os alvos, alguns hotéis foram escolhidos por se tornarem uma proteção aos inimigos da fé, os judeus e os cruzados", disse o grupo iraquiano da al-Qaida, em uma declaração na internet.

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Depois da publicação dessa declaração, centenas de jordanianos irados se reuniram fora de um dos pontos das explosões, gritando "Queime no inferno, Abu Musab al-Zarqawi!", uma referência a um dos principais líderes da al-Qaida.

O porta-voz do governo jordaniano, Bassel Tarawneh, reduziu o número de mortos para 56, dizendo que houve uma confusão nas primeiras horas depois das explosões, quando citou 67 mortos. Entretanto, em notas públicas, Bassel disse que esse número poderia ser um pouco maior.

Ele disse que as vítimas incluíam 15 jordanianos, um saudita, um palestino, cinco iraquianos, três chineses, um indonésio e outras 30 pessoas que ainda não foram identificadas. A rede árabe al-Jazeera disse que dois oficiais palestinos também foram mortos nas explosões.

Não há explicações para a discrepância. Os ataques simultâneos feriram mais de 115 pessoas, segundo a polícia. Eles detiveram várias pessoas durante a noite, apesar de não ser claro se os detidos eram suspeitos ou testemunhas.

O vice-premiê da Jordânia, Marwan Muasher, afirmou de forma breve que o líder da al-Qaida do Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, era um "suspeito primário". Abu Musab al-Zarqawi, jordaniano, é conhecido por sua animosidade com a monarquia Hashemita.

Nos ataques de quarta-feira, homens-bomba detonaram explosivos nos hotéis Grand Hyatt, Radisson SAS e Day Inn, pouco antes das 21 horas, horário local. Uma das explosões aconteceu em um salão onde 300 convidados celebravam um casamento.

Até a última quarta-feira, Amã havia evitado ataques em larga escala e era um santuário de estabilidade em uma região conturbada. As ruas da capital amanheceram desertas na quinta-feira, 10 de novembro, quando foi declarado dia de luto. Escritórios públicos e privados estavam fechados sob as instruções do governo, talvez para permitir que medidas de segurança fossem tomadas.

Os ataques suicidas visavam criar medo nos turistas, mantendo-os distantes dos lugares sagrados da Jordânia, que incluem o Lugar do Batismo, Betânia, atrás do rio Jordão.

Fonte: https://www.portasabertas.org.br/noticias/2005/11/noticia2190/


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