É difícil manter o ânimo e a esperança quando se passa por um grave problema, como o câncer de mama. A dona de casa Lucineia Amaral, de 45 anos, pode testemunhar que a cura está aliada a resiliência na hora de vencer esse desafio tão árduo. A esperança sempre foi sua companheira de lutas e vitórias. Ela que foi vítima de um câncer na mama, conta que permanecer firme, sem desistir, ajudou no processo da cura.
Lucineia descobriu que estava enferma em meados de 2014 e 2015. Estava em casa, fazendo o autoexame quando sentiu um pequeno nódulo, do tamanho de um grão de feijão. Ela procurou o Sistema Único de Saúde (SUS) de seu bairro e, ao ser atendida, foi informada pela médica que estava tudo bem.
A dona de casa ainda suspeitava de que aquele caroço não era normal. Por isso, decidiu pagar por exames particulares em busca de alguma resposta. “Finalmente, depois de muitos exames e consultas com ginecologistas e mastologistas, descobri em janeiro de 2015 que eu tinha um tumor maligno na mama. Foi uma notícia terrível, é claro, mas preferi encarrar tudo com muita garra e ir em busca da cura”, disse.
Quimioterapia
“No mesmo dia em que foi constatado a presença do câncer, o médico me perguntou se eu preferia fazer o tratamento químico ou a cirurgia de retirada da mama. Pensei que se eu optasse pela retirada da mama, logo me veria livre da doença e também não iria precisar fazer quimioterapia e nem perder meus cabelos”, relatou.
“No entanto, as coisas não saíram como planejado. Meu câncer estava no grau 2 – numa escala de 0 a 5 –, por isso, precisava correr em busca da cura o mais rápido possível. Então, assim que saí da sala do médico, fui levada à quimioterapia. Comecei o meu tratamento, que durou 16 sessões. Foi durante a quimioterapia que os médicos perceberam o avanço do câncer. Logo após a descoberta, o tumor tinha evoluído para 5 centímetros”, contou.
Lucineia ressalta que foi muito difícil passar pela quimioterapia. “Logo na segunda semana de tratamento, meus cabelos caíram. Pouco tempo depois, perdi um dente. As minhas 20 unhas caíram e eu envelheci mais que a minha mãe, que já era uma idosa. Eu tinha aparência de uma mulher de 60 anos”, relembrou.
Apesar do tratamento, Lucineia teve de passar pela cirurgia de retirada da mama. Seu tecido mamário estava comprometido. “Além do tratamento químico, também precisei passar pela cirurgia. Por isso, sinceramente, eu não esperava, mas aceitei porque só assim me veria livre definitivamente da doença”.
A cura
A dona de casa recebeu a notícia de que estava curada em agosto de 2015. “Foi uma notícia maravilhosa e que só me mostrou o poder de Deus ao curar minha doença e ao capacitar médicos para me ajudar”, disse.
Lucineia diz que Deus lhe ajudou a passar por toda essa luta. Sua família também deu muito apoio emocional. “Devo muito ao meu marido e filhos por terem sido tão companheiros”. Ela também se referiu aos médicos que a ajudaram de tantas formas. “Tudo isso junto foi essencial na minha cura. Sobretudo, o mais importante de tudo é nunca desistir, mesmo quando uma doença como essa sobrevir. Decidi lutar pela minha vida e hoje represento o milagre da cura”, finalizou.
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