Novo reality show mostras filha de pastor que deseja ser estrela pornô

Série “As Filhas do Bom pastor” mostra rotina de evangélicas “nada santas”

Estreou em março nos Estados Unidos um reality show sobre famílias pastorais. Após a indústria de entretenimento ter criado shows enfocando a vida de pastores, de líderes de louvor, agora é a vez das filhas de pastor!

Basicamente, a premissa dos episódios é mostrar a rotina de vários pastores que têm filhas adolescentes e sua dificuldade de controlá-las. Aparentemente criadas em famílias onde aprenderam sobre Deus, elas não aparecem diante das câmeras muito preocupadas com a opinião dos membros das igrejas dirigidas por seus pais.

Já no trailer promocional, ao mesmo tempo em que os pais oram para que Deus proteja suas filhas de todo mal e da influência de Satanás, as meninas pedem que Deus impeça que seus pais de descobrirem o que elas fazem nas “baladas”.

A primeira temporada tem 10 episódios, com títulos como “Não nos deixa cair em tentação”, “Santas e pecadoras” e “Dançando com o Diabo”. Produzido pelo canal LifeTime, o programa mescla entrevistas com um documentário sobre a vida das adolescentes.

Foi duramente criticado pelos evangélicos conservadores, que se assustaram com a contraposição entre o que os pastores dizem no púlpito e o que as suas filhas dizem diante da câmera. Comprado pelo canal a cabo BIO, o programa estreia este mês com o título de “Filhas do bom pastor”.

São três famílias retratadas na série. Na casa dos Coleman, o pai, Kenneth, é pastor da Igreja Pentecostal Cidade de Refúgio.

Olívia, 18, é parte da família Perry. Ela conta como viveu secretamente uma vida de muitas festas, onde consumia álcool e drogas. Seus pais, Mark, é pastor da Igreja de Todos os Dias. Somente quando a jovem engravida e precisa enfrentar as dificuldades de ser mãe solteira, é que volta a obedecer aos pais e a frequentar a igreja regularmente.

Na família Koloff, são 4 filhas. Os pais, Nikita e Victoria são pastores. A jovem Kolby, 16 anos, diz que só quer se divertir e conhecer o mundo. Quanto tenta iniciar um namoro, encontra resistência dos pais, o que acaba gerando muitos conflitos familiares.

Mesmo que os pais sejam retratados como pessoas de valores conservadores e tementes a Deus, fica evidente que não conhecem bem as filhas. “Tenho regras e quero que minha filha as siga. Não sou muito liberal. Você tem de ficar em cima das crianças. Depois do programa, acho que sou mais conservador do que eu pensava”, explicou o pastor Coleman durante uma entrevista. Questionado sobre como sua igreja vê a exposição da filha aspirante a estrela pornô no programa, ele justifica: “Acho que a imagem que eles têm é melhor do que antes, porque viram como cuido da minha filha. Acho que eles adoraram”.

O material promocional da série no Brasil explica: “Ensinar aos filhos a diferença entre o Bem e o Mal pode ser muito difícil… Outras vezes é simplesmente impossível. Nesta nova série, vamos acompanhar a vida de três famílias bem rígidas nos assuntos da fé… Para esses pastores, os sermões não terminam na Igreja, como pais precisam lidar com o modo de vida de suas filhas e guiá-las para que não caiam em tentação. Será que eles conseguem? O Bem e o Mal vivem no mesmo lugar.”