Nur Mohamed Hassa é um dos somais refugiados, em Nairóbi, capital do Quênia, sob asilo do Alto Comissariado da ONU para Refugiados.
Apesar da proteção, sua casa foi invadida por cinco muçulmanos que agrediram sua família e ele.
“No dia 14 de outubro, cinco muçulmanos entraram na minha casa por volta das 22 horas e nos obrigou a sair depois de nos terem agredido”, Mohammed Hassan contou, acrescentando que o mais novo de seus oito filhos tem uma doença no fígado.
“Graças a Deus a polícia chegou imediatamente e salvou nossas vidas. Há dois dias estamos dormindo fora de casa, no frio. A polícia tem nos protegido, mas eu quero saber até quando isso vai continuar.”
Atualmente, Nur vive em Eastliegh, Nairóbi, com sua esposa e seus filhos. Ele fugiu de Mogadíscio depois que os muçulmanos assassinaram sua irmã, Mariam Mohammed Hassan, em 2005, supostamente porque ela distribuía Bíblias na capital.
“Nossa situação não é melhor do que a de nossos irmãos na Somália, que têm sido mortos como cães quando se descobre que são cristãos”, contou Nur. “Não estamos a salvo aqui em Eastleigh. Os muçulmanos mataram minha irmã em Mogadíscio e agora planejam matar minha família e eu.”
Ele disse que, nos últimos três anos em Nairóbi, ele tem sofrido muitos reveses nas mãos de outros imigrantes somalis.
“Sem dúvida, a situação dos ex-muçulmanos no Quênia e na Somália é desastrosa e horrível – estamos arriscando nossas vidas por escolher seguir Cristo”, afirmou. “Minha família está em perigo. Sem paz, sem segurança. Temos falta de coisas básicas do dia-a-dia.”
A Somália é um dos países mais perigosos no mundo, e está sujeita a homens-bomba, piratas e rotineiras violações dos direitos humanos. Os militantes islâmicos são contra as intervenções de tropas estrangeiras, especialmente as da vizinha Etiópia.
Os cristãos e qualquer pessoa que simpatize com os ideais do ocidente viram alvo dos radicais. Agentes humanitários estrangeiros ficaram especialmente vulneráveis neste ano.
Grupos de ajuda contabilizaram a morte de 24 agentes em mais de cem ataques, conforme as agências humanitárias. Vinte deles eram somalis.
Em sua estratégia para desestabilizar o governo, os militantes atacam grupos humanitários. A ONU estima que 3,2 milhões de somalis (praticamente um terço da população) dependem dessa ajuda.
Clérigos islâmicos somalis, como Ahlsunna Waljamea condenam o assassinato de agentes humanitários na Somália.
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