Alta comissária de Direitos Humanos, Navi Pillay, informou que pelo menos 66 pessoas foram executadas no país somente em janeiro.
A ONU pediu ao governo do Irã que suspenda a aplicação da pena de morte no país. O apelo foi feito pela alta comissária de Direitos Humanos, Navi Pillay, nesta quarta-feira.
Num comunicado, ela informou que somente em janeiro, 66 pessoas foram executadas no Irã incluindo ativistas políticos.
Forca
Pillay disse que está triste com o fato de apesar de vários apelos pelo fim das execuções, o Irã não ter atendido, e ao contrário, haver aumentado o número de condenações à pena capital.
Pelos relatos do governo, a maioria das execuções era relacionada ao uso ou tráfico de drogas. Mas entre os condenados à forca, havia três presos políticos.
Dois deles haviam sido detidos durante os protestos de setembro de 2009 contra o resultado das eleições iranianas. Os três homens enforcados no mês passado foram condenados por "inimizade a Deus".
Liberdade
A alta comissária da ONU afirmou que dissidência não é crime. Ela lembrou que o Irã faz parte do Tratado Internacional de Direitos Civis e Políticos, que garante a liberdade de expressão e associação.
Ainda nesta quarta-feira, dois relatores independentes da ONU incluindo a juíza brasileira, Gabriela Knaul, pediram ao governo de Teerã que declare a moratória à pena de morte.
Knaul disse que em muitos casos, as pessoas condenadas não tem acesso à assistência legal. E que os advogados e familiares sequer são informados dos planos de execução.
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