Vamos orar para que a já complicada situação de cristãos que moram em países muçulmanos não se deteriore ainda mais por causa da recente notícia que páginas do livro sagrado islâmico foram lançadas no vaso sanitário na prisão de Guantánamo, em Cuba.

A vida de cristãos no Oriente Médio, em países do Golfo Pérsico, na África e no Sudeste Asiático já é delicada, dadas as restrições que a convivência com membros da religião predominante lhes impõe. Aliadas a estas dificuldades, gestos como a ação militar no Iraque têm criado sensíveis complicadores.

Neste caso, uma possível conseqüência talvez seja o salto experimentado pelo Iraque na Classificação dos Países por Perseguição. Em janeiro de 2004, o país ocupava a 32ª. posição e em janeiro de 2005 subiu para 21º. lugar. Esta subida vertiginosa deve ter a ver com o atual predomínio xiita no comando do país, algo resultante direto da guerra.

Este espaço não pretende opinar sobre a guerra, suas motivações e seus métodos, já que a realidade dispensa comentários. A única preocupação é com conseqüências não previstas, algo que geralmente afeta as partes mais vulneráveis. No caso destes países, os afetados são os irmãos em Cristo.

Em relação à mais recente agressão, a reação já manifesta em muitos países daquela região é de profunda indignação - legítima, diga-se. Qual cristão se manteria inerte ao saber que páginas da Palavra "foram pela descarga"? O mesmo vale para os cidadãos muçulmanos. Nossa oração deve ser em dois sentidos: 1. que os muçulmanos consigam fazer a separação entre seus co-cidadãos - que  nada têm a ver com isso - e  os autores do desrespeito. 2. que cessem estas provocações a partir do ocidente em direção àquela região já instável. Atos como o nefasto episódio das páginas do Alcorão e a, também recente, exposição de fotos do ex-líder iraquiano em roupas de baixo só servem para recrudescer animosidades que, pelo contrário, deveriam ser pacificadas, no melhor estilo de Mateus 5:8. Vamos orar.