Milhares de peregrinos comemoraram o Natal com uma missa em Belém, na Cisjordânia, sob um esquema de segurança reforçado.

Entre os visitantes, estão cerca de 200 cristãos da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo palestino Hamas, que receberam permissão especial de Israel para ter acesso à cidade – medida necessária pois eles têm que passar por território israelense para chegar à Cisjordânia. Um número extra de integrantes das forças leais ao presidente palestino Mahmoud Abbas, que controla a Cisjordânia, foi deslocado das cidades de Ramallah e Jericó para Belém para garantir a segurança dos cerca de 40 mil visitantes que são esperados esta semana em Belém. O número de visitantes ao local onde os cristãos acreditam que Jesus nasceu mais do que dobrou em relação ao registrado no ano passado e é o mais alto desde 2000.

Igreja da Natividade

Apesar da forte presença policial, correspondentes dizem que o clima na cidade é animado. Um grupo de peregrinos concentrou-se diante da Igreja da Natividade na quarta-feira, ao anoitecer. Fiéis originários de Índia, Canadá, Grã-Bretanha e Estados Unidos e outros países entoaram cânticos natalinos, disse a agência de notícias Associated Press. David Bogenrief, dos Estados Unidos, tocou pistão, atraindo a atenção de um grupo de crianças da área. Depois ele disse a elas: “Jesus foi o príncipe da paz e pode trazer paz para vocês. Nós vamos rezar por vocês.”

Na Praça da Manjedoura, ambulantes vendiam amendoins torrados e chapéus de Papai Noel para a multidão. Correspondentes afirmam que uma relativa pausa na violência no Oriente Médio parece ter encorajado os peregrinos a retornar à Terra Santa. Stefano Croce, um fotógrafo de moda italiano, disse: “Belém é como a alma do universo. Aqui é como uma explosão de amor”. Já Elsa Marie Kierkegaard, uma dinamarquesa que se converteu ao catolicismo há cinco anos, expressou surpresa com o que considerou um comercialismo excessivo.