Uma das casas interditadas após o desabamento do templo sede da Igreja Renascer, em 18 de janeiro, no Cambuci, não terá a reforma paga pela Igreja Renascer em Cristo. O imóvel do representante comercial Marassoré Roberto Morególa, de 67 anos, permanece interditado, pois a laje está comprometida e pode cair. Apesar disso, a Renascer, através de sua assessoria de imprensa, informou que não irá pagar a reforma necessária para que o imóvel possa ser utilizado novamente pelos moradores.
A igreja justificou sua decisão alegando que, se ajudasse nas obras, estaria reconhecendo a culpa pelo desabamento. E disse que só vai pagar pelos prejuízos caso seja considerada responsável pelo ocorrido pela Justiça.
– Eu já esperava. Vão deixar para Jesus pagar a conta – ironiza Marassoré, que estava em um cruzeiro com a mulher no dia da tragédia.
Atualmente o representante comercial está com a mulher em um hotel pago pela Renascer, que afirma que o pagamento de hospedagem para os desalojados é ‘uma liberalidade’, dentro do programa de auxílio às vítimas.
– Se eles tiverem bom senso, estou disposto a conversar e chegar a um acordo. Se não, já estou sendo orientado pelos meus advogados e exigirei o que tenho direito – diz Marassoré. Três imóveis liberados
Ao todo, nove imóveis foram interditados no dia da tragédia, que matou nove pessoas e feriu mais de 100 em 18 de janeiro. Nesta terça-feira, os engenheiros da Subprefeitura da Sé vistoriaram cinco casas, que ficam na Rua Robertson, atrás do templo cujo teto desabou. Três foram liberadas. Uma casa foi liberada parcialmente: a edícula (nos fundos do terreno) permanece interditada pois há risco de desabar.
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