A base norte-americana de Observação dos Direitos Humanos (HRW, sigla em inglês) acusa o Egito de "grande discriminação" contra os cristãos e outras minorias religiosas, em seu relatório anual de 2010, divulgado na segunda-feira, dia 24 de janeiro. Eles também destacam a repressão de dissidentes políticos.
"Embora a Constituição egípcia determine a igualdade de direitos sem restrição à religião, há uma discriminação generalizada contra os cristãos egípcios, assim como a intolerância oficial às seitas heterodoxas muçulmanas", disse a HRW.
Os cristãos do Egito, que compõem cerca de 10% da população de 80 milhões, se queixam de discriminação sistemática e de exclusão dos principais cargos públicos.
Os cristãos coptas têm sido alvo de muitos ataques e afirmam que o governo falhou em reconhecer e lidar com o problema sectário no país.
No dia de Ano Novo, mais de 20 pessoas foram mortas em um ataque a uma igreja na cidade mediterrânea de Alexandria, um ano depois de seis coptas e um policial muçulmano serem baleados em um ataque de Natal.
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, rejeitou os apelos ocidentais para a proteção da minoria cristã do Egito como sendo uma interferência em assuntos nacionais.
"Eu digo aos países que pedem a proteção dos coptas do Egito que o tempo para a proteção externa e de tutela acabou e não retornará. Não aceitaremos qualquer pressão ou interferência nos assuntos do Egito", disse o presidente em um discurso, domingo, dia 23 de janeiro, marcando o Dia da Polícia.
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