Funcionários do Ministério do Planejamento Físico e do Estado apareceram nos três locais onde as igrejas estão instaladas na tarde de 11 de setembro. Eles ameaçaram demolir as estruturas das igrejas, se elas continuarem a realizar cultos de adoração.

Os líderes das igrejas se mostraram surpresos ao ver os funcionários do governo em frente às suas igrejas, acusando-os de manter a igreja funcionando sem autorização. Os líderes das igrejas disseram que as terras onde as igrejas  estão instaladas não pertencem ao governo e por isso não precisam de permissão.

Jaafer al Sudani, gerente de Assuntos Eclesiásticos do Ministério de Orientação e Envolvimento Religioso, disse à Compass que as autoridades da região não sabiam que os edifícios das igrejas iam ser demolidos. Os funcionários do Estado insistem que as igrejas estão situadas em áreas do governo.

O Sudão está em uma onde crescente de hostilidade contra os cristãos no país. Os membros das igrejas estão sendo ameaçados e se mostram preocupados com seu futuro. “Estes são planos malignos contra a igreja e os cristãos”, disse Kornules Yousif, líder cristão da área.

Muçulmanos locais queixam-se da presença cristã na área, diz Yousif. “Os muçulmanos dizem que as igrejas não devem ter permissão para operar, porque o número de muçulmanos no país é maior que o de cristãos”, disse ele.

“Os muçulmanos não ficam felizes de ver nossas igrejas em suas áreas, pois acreditam no Islã e têm medo de que a igreja influencie a população, por isso a odeiam”, disse um líder cristão que pediu anonimato.