O governo do Egito anunciou neste domingo que houve prova conclusiva de que grupos militantes da Al Qaeda foram responsáveis pelo ataque a bomba do dia de Ano Novo fora da Igreja cristã copta.
"Nós temos provas conclusivas de sua participação hedionda em planejamento e execução de tal ato vil terrorista," disse Adly da organização palestina.
O atentado que matou 25 adoradores e aumentou as tensões sectárias no Egito, tinha suspeitas de haver sido promovido pela Al Qaeda. Ainda que não tivesse havido reivindicação imediata, os analistas egípcios disseram que o grupo parecia ter “anulado a sua presença.”
“Isso tem características da Al Qaeda,” disse Diaa Rashwan, analista do Centro de Estudos Políticos e Estratégicos. Ele se assemelha ao que vemos fora do Egito.
Recentemente, o Ministro do Interior, Habib Adly culpou o exército do islã, uma organização extremista da Faixa de Gaza, pelo ataque.
As autoridades inicialmente não revelaram a prova que continham. No entanto, o jornal estatal Al Ahram informou que o governo obteve as confissões apontando para o exército do islã. Mais tarde o Ministério do Interior indentificou um dos suspeitos presos como um estudante universitário egípcio de 26 anos, que havia sido recrutado pelos militantes para atacar as Igrejas coptas.
O grupo negou a participação em um comunicado que expressou ainda o aprazimento com o ato terrorista.
"Apesar do nosso louvor a quem executou o ataque, o exército do islã não tem conexão com o bombardeio da Igreja de Alexandria," disse o grupo em um comunicado.
Coptas e muçulmanos têm vivido em relativa paz no Egito por gerações, mas os cristãos acusam o governo do presidente Hosni Mubarak, de ignorar a deterioração das relações e um aumento no extremismo. O presidente respondeu no domingo, dizendo que o governo “triunfará sobre o terror, e eu farei meu melhor para manter a unidade entre os egípcios."
"Eu não serei condescendente com ações sectárias de ambos os lados e vou enfrentar os seus autores com a força e determinação da lei."
A nomeação dos culpados pode ajudar a aliviar as tensões entre muçulmanos e cristãos coptas, grupo que compõe 10% da população do país.
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