Em 2012, 2,9 mil norte-coreanos deixaram o país em direção à Coreia do Sul e em 2011, 2,7 mil. A diminuição do número de pessoas em fuga ao país vizinho coincidiu com a chegada ao poder do jovem Kim Jong-un, que assumiu a liderança após a morte do pai Kim Jong-il, em dezembro de 2011.
Fazendo uso de técnicas modernas, o regime melhorou a segurança nas fronteiras. Fontes afirmam que Kim Jong-un já teria enviado mais de uma centena de espiões para a China para expor cristãos envolvidos na ajuda e acolhimento de refugiados. A situação da região na fronteira é bastante tensa.
Os norte-coreanos que fogem da fome ou da repressão política do regime de Pyongyang são obrigados a percorrer um longo caminho de fuga que, normalmente, começa com a travessia do rio Amnok para a China. Uma vez que chegam à China, os fugitivos têm de percorrer milhares de quilômetros sem serem detectados pelas autoridades chinesas até um terceiro país, normalmente a Tailândia ou o Laos, que permitem a saída para a Coreia do Sul após um pedido de asilo nas embaixadas.
A Coreia do Sul acolhe os refugiados da Coreia do Norte, a quem concede cidadania e apoio econômico, social e de formação para que se integrem na sociedade. Apesar disso, muitos norte-coreanos não conseguem se integrar ao país, devido às grandes diferenças entre o regime comunista do norte e o competitivo sistema capitalista do sul, onde também são alvo de discriminação.
A Coreia do Norte e a perseguição aos cristãos
De acordo com missionários, os cristãos norte-coreanos mantêm suas Bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas em plásticos. Alguns pastores na China oram por doentes e pregam através de interurbanos feitos por telefone celular. Tudo isso num intervalo de tempo que vai de cinco a dez minutos. Os "cultos telefônicos" têm de ser rápidos e muitas vezes são interrompidos bruscamente, porque a Coreia do Norte usa rastreadores para localizar os telefones.
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