Dedé Santana é conhecido por ser um dos quatro Trapalhões que arrancaram muitas risadas dos brasileiros durante décadas, mas poucos sabem das noitadas e problemas de saúde que o humorista pai de oito filhos teve, essas dificuldades acabaram “ajudando” ao ator a se converter evangélico e hoje ser uma pessoa bem diferente do que era no tempo da trupe circense da TV e do cinema.
Após deixar o UTI e se ver livre de um diverticulite – doença que teria matado o (quase) ex presidente Tancredo Neves – Dedé Santana voltou ao Projac onde grava o programa “A Turma do Didi” e concedeu uma entrevista ao UOL falando desde a igreja que congrega, ao porquê de se converter.
O eterno trapalhão revela que se converteu após uma outra internação a quase 20 anos atrás, em 1995: “me converti por problemas cardíacos. Fiz todos os exames agora no hospital e meu coração não tem nada” e completa: “me converti também porque eu era muito maluco, muito mulherengo e tal. Agora isso mudou. Sou uma pessoa totalmente dedicada à minha família”, afirma o humorista.
Dedé antes frequentava a Assembléia de Deus mas hoje pertence a Igreja Quadrangular e trilha um caminho diferente de muitos famosos que se convertem, não deseja ser pastor futuramente: “ser pastor é um chamado especial de Deus e eu não tive esse chamado” e atribui à orações a sua reabilitação e volta ao trabalho: “minha saída do hospital fui fruto de muita oração. Tinha muita gente orando por mim. Aliás, gostaria de agradecer porque não pensei que eu fosse tão querido assim…”, emociona-se.
Quando perguntado sobre o que pediria a Deus, Dedé revela: “Queria viver mais um pouquinho. Minha filha Yasmin tem 14 anos e queria vê-la chegar aos 20”, disse.
Sobre seu recente tempo internado o humorista lembra da agonia que passou na UTI: “No começo estava inconsciente porque fiquei com anemia. Mas é horrível estar consciente porque você não pode se mexer. Fiquei sem comer e sem beber água por dias. Apenas molhavam a minha boca com um algodão. Quando eu lembro, me dá até sede. Ficar consciente é ruim porque a gente vê muita coisa. Vê gente morrendo… Mas também me emocionei porque tinha um senhor que me viu e falou com a enfermeira: “Puxa… O Dedé… Meu Deus… Eu vou orar por ele”. E ele estava muito pior do que eu, com câncer em estágio terminal. Quando fui fazer exames, ele disse pra enfermeira: “Graças a Deus o Dedé saiu…”. E a enfermeira respondeu que eu só estava indo fazer um exame e já ia voltar”, relata Dedé Santana.
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