Ehe Blu Say, 15 anos, nasceu em Ta Kra. Ele é um karen - uma minoria ética perseguida, formada quase toda por cristãos. Ehe e sua mãe fugiram para o campo de refugiados Mae La na Tailândia quando ele tinha cinco anos. "Nós nos mudamos para o campo por causa da luta. O SPDC ia nos matar porque meu pai era um soldado do KNU, então tivemos que fugir." Seu pai desapareceu quando ele era pequeno, e Ehe nunca mais teve notícias dele.
SPDC é a sigla de Conselho de Desenvolvimento e Paz do Estado, nome que a ditadura militar de Mianmar adotou. KNU é a sigla de União Nacional de Karen, nome do governo da minoria karen.
"Minha mãe não podia me sustentar e eu queria ir para a escola. Então ela me mandou para morar no orfanato da Christian Freedom International (CFI) no campo. No ano passado eu vim para a escola vocacional do CFI em Mae Sot. Estou feliz por estar aqui", disse Ehe Blu Say.
Ele conta que em janeiro, o UNHCR - órgão da ONU responsável pelos refugiados - o fotografou para conseguir asilo para ele em outro país.
Dezenas de milhares de refugiados karen vivem em campos de refugiados na fronteira entre Mianmar e a Tailândia. Alguns estão lá há mais de 25 anos, tentando fugir da perseguição e do genocídio praticados pela ditadura militar do seu país.
Os refugiados karens perseguidos podem ter a oportunidade de ir para nações livres. Só neste ano, mais de 9 mil refugiados karen se candidataram para obter asilo nos EUA, e esse número deve aumentar nos próximos anos.
Mas Ehe Blu Say, sua mãe e muitos outros refugiados cristãos podem não ir a lugar nenhum por causa da burocracia no Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, que os considera como "apoiadores" do terrorismo.
Conforme o Departamento de Segurança Nacional, os refugiados e os solicitantes de asilo que fornecem "material de apoio" para qualquer pessoa engajada na luta armada, como os que defendem a liberdade do povo karen, não pode ser admitida no país.
A KNU luta contra o regime militar de Mianmar em busca de sobrevivência há mais de 50 anos. Agora, qualquer pessoa que forneça "material de apoio" para os karen pode ser visto como um terrorista pelo Departamento de Segurança Nacional.
Na verdade, mais de 100 refugiados protestantes da etnia chin de Mianmar, detidos agora nos guichês de imigração na Malásia, não podem entrar nos Estados Unidos por causa desse "material de apoio".
De acordo com o Departamento de Segurança Nacional, "material de apoio" pode ser comida, remédios, roupas ou abrigo dados a qualquer participante da luta armada. Entretanto, ao esboçar essas regras, o Congresso nunca teve a intenção de chamar pessoas inocentes de "terroristas", nem quis negar proteção aos refugiados forçados a se defenderem ou que se opõem a regimes tiranos.
Segundo o presidente do Christian Freedom International, Jim Jacobson, "O Departamento de Segurança Nacional não pode chamar pessoas inocente de terroristas. Se essa política for admitida contra os refugiados karen, haverá ramificações que afetarão todas as pessoas que buscam a liberdade".
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