Apesar das garantias de liberdade religiosa feitas por oficiais em março, os cristãos laosianos que foram expulsos de seu vilarejo na província de Saravan em janeiro estão sofrendo com a falta prolongada de alimento e água limpa.
A falta de recursos básicos causou diarreia, desidratação, infecções nos olhos e na pele, desmaios e fraqueza nos cristãos expulsos do vilarejo Katin, sendo que uma pessoa já morreu.
Um cristão, conhecido pelo nome de Ampheng, faleceu subitamente em abril enquanto orava por outros cristãos que estavam hospitalizados com doenças causadas pelas condições em que eles têm vivido. A causa exata da morte de Ampheng não é conhecida.
Expulsos de seu vilarejo por homens armados no dia 18 de janeiro por não renunciarem a sua fé, os 48 cristãos foram forçados a construir abrigos temporários na beira da floresta, a seis quilômetros do vilarejo.
Até agora, eles têm sobrevivido com alimentos encontrados na floresta e água de um poço cavado à mão, e que não é apropriada para consumo.
No início de maio, os oficiais do distrito deram permissão para que os cristãos voltassem ao vilarejo Katin, e pegassem arroz com seus familiares, para que não morressem de fome. Alguns cristãos voltaram para cuidar dos campos de arroz, com medo de que, se as plantações ficassem completamente abandonadas, eles perdessem o direito de cultivá-las no próximo ano. No entanto, os veículos anfíbios, essenciais para o trabalho na fazenda, foram confiscados em janeiro, juntamente com os documentos e as casas dos cristãos.
Quando eles enterraram Ampheng no local separado para enterros, os oficiais os multaram por não apresentarem o documento de posse de terra.
Recentemente, o chefe do vilarejo Katin alertou outros moradores de que seus pertences pessoais seriam confiscados se eles tivessem contato com os cristãos que foram expulsos. Se alguma família insistir apesar dos diversos avisos, as casas deles seriam demolidas.
As reações dos oficiais aos apelos dos cristãos têm sido variadas. Em março, uma delegação de oficiais do distrito e da província visitaram os cristãos na floresta e garantiram que eles têm o direito legal de adotar a religião de sua escolha e viver em qualquer lugar do distrito.
No entanto, alguns dias depois, o chefe do distrito, identificado apenas como Bounma, intimou sete cristãos em seu escritório, dizendo que não iria tolerar a existência do cristianismo nas áreas de sua jurisdição.
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