Testemunha-chave faltou a reunião marcada para esta quarta-feira. Deputados decidiram aguardar investigações da Polícia Federal.
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (3), suspender o processo em que o deputado Mario de Oliveira (PSC-MG) é acusado de fazer um plano, frustrado, para assassinar o colega Carlos Willian (PTC-MG). O caso continuará a ser investigado pela Polícia Federal.
A decisão ocorreu logo após Odair da Silva, considerado uma testemunha-chave, ter novamente faltado a uma reunião sobre o caso. Por não ter os mesmos poderes de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, o conselho só pode convidar os envolvidos a prestar esclarecimentos.
Segundo a assessoria do Conselho de Ética, a determinação da suspensão permite que os prazos do processo não sejam perdidos — ele poderá ser reaberto a qualquer momento. Também não ficam proibidas novas reuniões sobre o assunto.
As notas taquigráficas das reuniões relativas ao caso devem ser entregues à PF e os deputados vão acompanhar as investigações policiais.
Acusações
O plano de assassinato supostamente arquitetado pelo deputado do PSC foi descoberto por acaso, em junho deste ano, quando policiais de Osasco (SP) investigavam um homicídio.
Odair da Silva, funcionário da Igreja do Evangelho Quadrangular, foi preso num shopping em Barueri (SP) no dia 19 de junho e, em depoimento, confessou que contratou por R$ 150 mil um pistoleiro conhecido como 'Alemão' para executar Willian.
Com Silva, foram encontradas a carteira de habilitação de Marcos Régis Moraes, que seria motorista de Oliveira, uma foto de Willian e anotações referentes à sua rotina. Um cartão de memória contendo gravações telefônicas entre o suposto intermediário e 'Alemão' também foi apreendido. Por determinação judicial, Silva foi solto. O deputado Mario de Oliveira nega as acusações.
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