A polícia da Indonésia prendeu nesta segunda-feira (14) cinco pessoas que envolvidas em um ataque militante a uma igreja no último domingo (13), que matou uma criança e feriu outras três. A polícia disse que eles estavam investigando possíveis ligações com o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

O ataque que aconteceu no estacionamento de uma igreja em Samarinda, província indonésia de Kalimantan Oriental, foi o último de uma série que levantou preocupações sobre o aumento da militância islâmica na maior nação maioritária do mundo. Um ataque ligado ao EI na capital Jakarta, em janeiro, matou quatro pessoas.

A polícia disse que o homem tinha sido preso por acusações de terrorismo no passado e tinha ligações com redes radicais. Crianças estavam brincando no quintal da igreja Oikumene quando o suspeito, Juhanda, ou Jo bin Muhammad Aceng, atirou a bomba.

Um dos homens jogou vários coquetéis molotov contra a igreja. Intan Marbun, tinha dois anos e sofreu graves queimaduras em todo seu corpo. Ela morreu nas primeiras horas da manhã dessa segunda-feira. As outras três crianças também tinham entre dois a três anos, de acordo com a revista Time.

Reincidente

O suspeito usava uma camisa preta com os dizeres: "Forma de viver do Jihad" durante o ataque no domingo. Em 2012, ele foi condenado a três anos e seis meses de prisão por seu envolvimento no "livro-bomba", em Jacarta. Um dos alvos era um centro cultural liberal chamado Teater Utan Kayu. Mas, ele recebeu a remissão da sentença e foi liberado em julho 2014.

Juhanda foi preso novamente em setembro de 2014 depois que ele foi encontrado com uma bandeira do Estado Islâmico em Parepare, Sulawesi. Na época, ele estava tentando encontrar e matar sua esposa.

"Este caso nos abriu os olhos, a saber que é preciso melhorar o programa de desradicalização", afirmou a legisladora Eva Sundari em um comunicado. O presidente Joko Widodo acrescentou que "o caso da bomba em Samarinda deve ser investigado minuciosamente".

No final de agosto, um homem-bomba tentou atacar uma igreja católica cheia de gente na cidade de Medan, em Sumatra. Mas o colete não detonou. Um desenho semelhante a uma bandeira do EI foi encontrada na cena.