Seis bandidos fortemente armados invadiram uma casa, na rua Saltos do Céus, no bairro Três Maria, onde era celebrado um culto evangélico. As pessoas que se encontravam no local cantando hinos e orando foram obrigadas a se deitarem no chão, sob ameaça de serem fuzilados.

O líder do bando, conhecido pelo apelido Sapo, torturou o dono da residência, o pedreiro João Oliveira da Silva, de 63 anos, para que ele entregasse todo o dinheiro que guardava em casa.

Depois de alguns minutos de tortura psicológica, sem conseguirem sucesso, os criminosos recolheram alguns aparelhos celulares. Na seqüência, Sapo praticou roleta-russa com o mecânico Sergio Henrique Alves, de 34 anos, exigindo dinheiro, o telefone celular e a chave do carro.

QUARTO

Com a situação sob controle, os bandidos começaram a vasculhar a casa e a colocar os objetos de valor no interior do carro de um dos participantes do culto. Uma mulher que estava doente começou a passar a mal. 

Nervoso e aos gritos de “ninguém se mexe se não eu detono”, Sapo tratou de levar as pessoas para um quarto e depois trancou a porta pelo lado de fora.

Como precisavam levar uma grande quantidade de objetos, os ladrões retiraram o vigilante Júlio Adriano Gomes da Costa do quarto para que ele abrisse o porta-malas de seu carro. Ele foi levado para o lado de fora, com um revólver apontado para a cabeça. Com medo de ser morto, Julio Adriano cedeu às pressões. 

Depois de algum tempo quando os bandidos haviam empreendido fuga do local, as vítimas conseguiram sair do quarto e pedir socorro a vizinhos.

Um dos menores apreendidos delatou aos policiais militares o local onde o bando havia guardado parte dos produtos roubados. Os policiais então fizeram buscas na casa de José Cláudio Alves de Souza, de 26 anos, na rua Adoniram Barbosa, 2.662, no bairro Três Marias, onde, além dele, encontraram mais dois suspeitos.

Apesar do cerco, os outros suspeitos conseguiram escapar pelos fundos da residência. José Cláudio foi detido acusado de dar cobertura aos assaltantes.

Na casa, os PMS apreenderam, entre outros objetos, um telefone celular, um aparelho de cortar cabelo, um microfone, além de roupas que os ladrões usaram no assalto.

José Cláudio negou as acusações, mas foi apresentado na Central de Polícia ao delegado Eliseu Muller.