Hamid Pourmand, um pastor leigo que se tornou cristão há 25 nos atrás, enfrenta a execução por enforcamento, sob a lei iraniana, por deixar a fé muçulmana.
Nos últimos 10 dias, Hamid, que é casado e tem dois filhos adolescentes, foi levado perante a corte a cada dois ou três dias para audiências que tiveram de uma a duas horas de duração. Apesar de ser permitido ao pastor ter um advogado de defesa, e de sua família participar do julgamento, a corte islâmica sharia nunca informou a família dele das audiências agendadas.
"Sua esposa e a sua família estão muito preocupadas", uma fonte próxima à família disse a Compass dia 23 de abril "porque ninguém sabe qual será a decisão da corte. Ele continua recusando a negar a Cristo, então, se a corte sharia seguir estritamente a lei islâmica, eles devem executá-lo".
Mas recentemente, oficiais do governo, afirmaram que os cidadãos iranianos que mudaram de religião antes da Revolução Islâmica de 1979 não devem ser perseguidos pelas autoridades.
Apesar da tentativa de se manter segredo dentro do Irã sobre a prisão de Hamid, as notícias sobre seu caso de apostasia circularam amplamente desde a sua condenação pela corte militar no dia 16 de fevereiro. O pastor foi acusado e condenado por "enganar" as forças armadas em relação a sua fé, apesar de ele ter apresentado uma evidência escrita de que seus superiores estavam plenamente cientes de sua conversão ao cristianismo.
"Agora quase todos os iranianos sabem do caso de Hamid porque está sendo relatado em muitas estações de rádio persas, redes de televisão e na internet", um cristão iraniano confirmou a Compass dia 22 de abril.
Hamid era um coronel do exército iraniano, e trabalhava como pastor leigo em uma igreja da Assembléia de Deus, na cidade portuária de Bandar-i Bushehr no sul do país, quando foi detido pela polícia secreta iraniana em setembro passado.
Hamid, de 47 anos, foi mantido nos 5 meses seguinte em celas de isolamento, passando a maior parte do tempo em total escuridão.
Seus carcereiros repetidamente lhe mostravam pavilhões de execução na prisão e diziam que ele seria enforcado ali logo se não renunciasse sua fé em Cristo e não voltasse ao islamismo. Na última ocasião lhe foi dado um papel e lhe foi dito para que escrevesse suas últimas observações. "Então vamos pegar e enforcar você", os guardas declararam.
Numa tentativa de exaurir Hamid emocionalmente e forçá-lo a negar sua fé, seus carcereiros mentiram a ele diversas vezes, afirmando que sua esposa e filhos estavam detidos também e eram maltratados por causa dele. Hamid e sua esposa Arlet, que veio da Igreja Assíria, têm dois filhos adolescentes, Immanuel e Davi.
Desde sua condenação em fevereiro por um tribunal militar, Hamid foi aprisionado em um pavilhão do presídio de segurança máxima Evin com alguns dissidentes políticos famosos. O veredicto militar está sendo apelado ante a Suprema Corte Iraniana.
O regime islâmico iraniano inventou acusações de espionagem em 1988 e 1990 como pretexto para aprisionar, julgar e executar outros dois ex-muçulmanos por alegada "traição". Desde então outros quatro líderes de igrejas protestante, que vieram do islamismo ou mesmo do cristianismo, foram assassinados sob circunstâncias suspeitas. Muitos outros fugiram do país para escapar de uma perseguição legal por apostasia ou proselitismo.
O governo iraniano proíbe estritamente atividades cristãs evangélicas, fechando igrejas, banindo edições persas da Bíblia e detendo cidadãos apanhados em cultos de comunidades de igrejas domésticas.
Durante os últimos 12 meses, altos oficiais do governo alertaram publicamente a população iraniana contra algumas "religiões estrangeiras" que atingiam o país com propagandas ilegais. O cristianismo, sufismo e zoroastrismo foram denunciados como ameaças específicas à segurança nacional do Irã.
Entrevistado semana passada em uma pista de esqui no norte de Teerã, um engenheiro iraniano nos seus 20 anos disse ao jornal londrino Guardian: "nascemos muçulmanos porque nossos pais e avós são muçulmanos. Mas, se for dada uma chance para maioria dos jovens daqui hoje, eu acho que eles escolheriam ser cristãos ou zoroastras".
Dezenas de cristãos foram detidos no ano passado em constantes invasões policiais nas principais cidades do país, bem como nas províncias no norte do Irã. Apesar da maioria desses cristãos ter sido solta depois de algumas semanas de maus-tratos e interrogatórios, eles permanecem sob ameaças e observação da polícia.
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