Como a série de protestos contra o presidente Hosni Mubarak continua, a associação Barnabas Fund está doando comida e atendendo a outras necessidades da população no Cairo, capital do Egito.
A associação, que apoia a Igreja Perseguida, declarou que lojas pertencentes a cristãos estavam sendo saqueadas e que a comunidade em geral tem sido afetada pela escassez generalizada de bens essenciais. “Embora muitas lojas estejam sendo atacadas e saqueadas, as lojas de cristãos estão sendo particularmente atingidas", afirma.
Os protestos tornaram ainda mais difícil para os cristãos realizarem cultos coletivos, algo que se tornou praticamente impossível.
Um contato no Egito, disse ao Ministério que cristãos estavam hospedados em sua casa e orando fervorosamente pela crise.
Alguns ministros da igreja foram até mesmo levados para dormir em suas igrejas para serem protegidos de ataques, enquanto as reuniões e muitos encontros foram cancelados, segundo o ministério.
Apesar das dificuldades, o contato da associação disse aos cristãos no Egito para "confiarem em Deus". O ministério apela aos cristãos que orem para que a estabilidade em breve seja restaurada e que os cristãos egípcios sejam protegidos em meio ao tumulto.
O Dr. Patrick Sookhdeo, diretor internacional do grupo, disse: "Os cristãos no Egito precisam de nossas orações e também de ajuda prática e imediata”.
"Como os cidadãos egípcios buscam a liberdade de um líder autocrático, devemos orar também para que eles não caiam nas mãos de um rigoroso regime islâmico que só oprima mais seu povo, especialmente os cristãos", conclui.
Os cristãos no Egito enfrentaram grave discriminação e violência crescente nos últimos anos. Mais de 20 cristãos coptas foram mortos em um atentado com bomba contra uma igreja em Alexandria, no réveillon, seguido pouco mais de uma semana depois do assassinato de um cristão, quando um atirador abriu fogo em um trem com destino ao Cairo.
Embora a violência seja perpetrada por uma minoria de muçulmanos radicais de linha dura, as leis do país consolidam a percepção de que os cristãos são cidadãos de segunda classe e muitos cristãos egípcios reclamam que a justiça não serve àqueles que estão sendo atacados.
O ex-embaixador na ONU, John Bolton, advertiu no fim de semana que a minoria cristã do Egito se tornará ainda mais vulnerável se o presidente Mubarak for derrubado.
Ele disse: "É muito legítimo que ofiquem preocupados com a instabilidade que pode se seguir a queda de Mubarak com o seu substituto a favor da Irmandade Muçulmana".
A Barnabas Fund ecoou seus medos e convocou a oração de todos os irmãos através de um porta-voz da organização, que disse: "Além de ataques violentos aos cristãos egípcios que já enfrentam discriminação em muitas áreas da vida, como na educação e emprego, as condições só agravariam para eles com a adoção de um regime islâmico. Precisamos orar".
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