De acordo com a revista America Magazine, antigos militantes Seleka são suspeitos de atacar uma igreja em Alindao e um complexo vizinho que abriga mais de 20 mil deslocados internos não muçulmanos, na República Centro-Africana.
Um líder cristão e membros da igreja estão entre os mortos. Acredita-se que o ataque foi uma retaliação pelas mortes de militantes Anti-Balaka ocorridas pouco antes.
Em uma declaração oficial, o Secretário Geral da ONU alertou que tais ataques a igrejas indefesas e campos de refugiados podem constituir crimes de guerra.
Esse ataque ocorreu a 300 km de Bangui e acredita-se que foi realizado principalmente por rebeldes muçulmanos Seleka, que pertencem a Unité pour la Paix em Centrafrique (UPC, da sigla em francês), uma milícia comandada pelo general Ali Darassa, um líder do grupo étnico fulani. Eles são basicamente pastores muçulmanos que entram em conflito com vilarejos cristãos na República Centro-Africana.
Um líder cristão de Bangousion, que fica na mesma região de Alindao, expressou sua visão do contexto da morte do colega em uma entrevista publicada pela agência Fides: “Grupos como a UPC são compostos por mercenários estrangeiros que ocupam parte do nosso território há 5 anos. Eles querem dividir a África Central fomentando ódio entre muçulmanos e não muçulmanos. Desta forma, tomam vantagem para roubar as riquezas da África Central, ouro, diamantes e gado. Mas acima de tudo, estrangeiros e países não africanos querem usar a África Central como um portal para entrar na República Democrática do Congo e no resto do continente por meio da manipulação radical islâmica”.
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