Durante a Cúpula Conservadora das Américas, que ocorre em Foz do Iguaçu (PR) neste final de semana, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), declarou que o evento visa estimular o crescimento dos movimentos de direita no Brasil e em outros países da América Latina.

“Nossa intenção é fazer com que esse movimento não acabe somente nessa eleição de outubro. É fazer algo permanente para que possamos ter um norte”, afirmou ele diante dos aproximadamente 2.000 participantes do evento.

Um dos idealizadores da Cúpula, o filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, foi muito aplaudido ao dizer que o objetivo do encontro era dizer “não ao socialismo e não ao Foro de São Paulo”.

O deputado, que tem trabalhado ao lado do grupo Rumbo Libertad, de expatriados venezuelanos, também prometeu que “Não seremos a nova Venezuela”. Ele tem se consolidado como uma das novas lideranças conservadoras do continente.

Sobre o alinhamento do governo de Jair Bolsonaro com o presidente Donald Trump, Eduardo afirmou que existe uma ‘convergência de ideias” entre o futuro governo brasileiro e os republicanos dos Estados Unidos. Ele disse ainda acreditar que o Brasil estará junto de Trump em 2020, quando o americano disputará a reeleição.

Outro organizador do evento, o deputado federal Fernando Francischini (PSL/PR)  defendeu que é possível o país ser “liberal na economia, conservador nos costumes e com a família acima de tudo”.

Ao final do evento, foi lançado a “Carta de Foz”, um documento com os principais pontos discutidos ao longo deste sábado, que servirá como diretriz para movimentos de direita no continente americano.

Inicialmente, a cúpula deveria ter acontecido em julho, mas foi adiada porque Jair Bolsonaro desistiu de comparecer sob o argumento de que sua participação no evento poderia gerar questionamentos da Justiça Eleitoral.