A Coreia do Norte rejeitou, em Genebra, todas as sugestões do Brasil e de outros governos para promover a melhora da situação dos direitos humanos. Pyongyang recusou-se a tornar pública se aceitava ou não as propostas e só indicou que “tomava nota” das ideias apresentadas. Para as ONGs, esse posicionamento do governo norte-coreano deve servir de lição para o Brasil, que já admite mudar de posição pelo menos em relação à Coreia do Norte. O Brasil tem sido acusado de poupar regimes autoritários e criar condições de diálogo com países que promovem grandes violações dos direitos humanos.
No ano passado, o Itamaraty absteve-se numa resolução apresentada na ONU onde outros países condenavam as violações aos direitos humanos pelo governo da Coreia do Norte. Nessa resolução, estabelecia-se um relator especial para investigar o país asiático. A abstenção foi motivada porque na época o Brasil estava prestes a abrir uma embaixada em Pyongyang, o que ocorreu pouco meses depois. A embaixadora do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo poupou a Coreia do Norte. Como justificativa, disse que seria uma forma de dar uma chance àquele país. O Brasil defende o diálogo em relação ao Sri Lanka, Irã, Cuba, Mianmar e Sudão.*
*Todos os países citados no final do texto estão na lista de classificação dos países que mais perseguem cristãos.
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