Com grupos rebeldes comunistas no norte e extremistas muçulmanos no sul, os cristãos filipinos geralmente se encontram no fogo cruzado das rebeliões, de acordo com umas das primeiras agências missionárias a apoiar e promover grupos de missões indígenas.

Missionários nativos que atuam entre grupos tribais na ilha de Luzon disseram à missão Ajuda Cristã (Christian Aid) que está se tornando mais arriscado já que rebeldes comunistas na áreas rurais aumentam as suas atividades.

"Os rebeldes se opõem à difusão do cristianismo em parte porque eles sabem que a fé em Cristo faz com que seus recrutas tribais em potencial não queiram lutar", relatou a Ajuda Cristã.

De acordo com a entidade, missionários que evangelizam tribos muçulmanas no sul das Filipinas, que é fortemente muçulmano, vivem em constante perigo. Alguns dos líderes religiosos das tribos têm ameaçado os evangelistas caso eles não parem o trabalho missionário.

A Ajuda Cristã ainda relatou que grupos extremistas muçulmanos organizados ameaçam não apenas os cristãos, mas todos os residentes do sul das Filipinas. Um líder missionário nativo afirmou: "Fomos alertados a não ir a grandes estabelecimentos, a fim de evitar que sejamos vítimas de ataques terroristas".

Uma série de ataques suicidas com bombas, preparados para acontecer durante a Páscoa, foi evitada por pouco, depois que as autoridades Filipinas descobriram a conspiração.

O líder do ministério, que dirige uma escola cristã para crianças pobres, disse que tais acontecimentos "têm um efeito aterrorizante na comunidade: as pessoas entram em pânico, os estudantes não vão à escola, os pais buscam as crianças de volta durante as aulas".

A Ajuda Cristã está pedindo orações pelos ministros indígenas em todo o país, já que eles realizam um trabalho evangelístico em tal estado de convulsão social.