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Governo censura mídia para encobrir conflito religioso no Egito

Transportes blindados de pessoal e dezenas de caminhões militares estão estacionados em fileiras na estrada principal. Policiais locais e agentes da polícia secreta patrulham quase todos os quarteirões, a pé e em furgões.

As pessoas pareciam assustadas, e os policiais exibiam certa irritação. "Queremos que vocês saiam daqui; é preciso permissão especial para vir a esta cidade", disse o general Mahmoud Gohar, o comandante das forças de segurança da região, batendo palmas rispidamente e ordenando aos jornalistas que saíssem da cidade sem demora.

No dia em que os cristãos coptas celebram a véspera de Natal, um atirador muçulmano abriu fogo contra os fieis que saíam da igreja, matando sete e ferindo 10 pessoas, e causando a maior onda de violência sectária entre os muçulmanos e cristãos do Egito em anos. Nos dias posteriores, houve tumultos e confrontos. Lojas foram saqueadas, casas foram queimadas.

O governo respondeu com o envio de policiais pesadamente armados, proibindo a presença da imprensa e insistindo em que o ataque de 6 de janeiro foi retaliação por um estupro.

"Houve indicações iniciais que conectavam esse incidente às consequências de uma acusação de estupro contra um jovem cristão, que teria atacado uma garota muçulmana em uma das aldeias da região", informou o Ministério do Interior depois de do ataque.

A única coisa que o governo não quis fazer foi admitir o óbvio. O Egito estava passando por um dos mais sérios surtos de violência sectária em anos. Mas as autoridades preferiram declarar que mencionar a ideia de um conflito sectário era o equivalente a praticar sedição.

No entanto, os indícios oferecidos pelos jornais pareciam irrefutáveis: 14 muçulmanos detidos, 28 cristãos detidos, lojas cristãs incendiadas, casas muçulmanas incendiadas.

"Estamos agora enfrentando uma sociedade e opinião pública divididas em linhas sectárias", escreveu Amr el-Shoubki, analista político e colunista, em um artigo cuja manchete era "O novo sectarismo - a alienação dos cristãos", publicado pelo diário Al Masry al-Youm.

Ao longo dos anos, o Egito passou por muitos confrontos entre sua maioria muçulmana e sua minoria cristã, e sempre insistiu em que esses conflitos se deviam a alguma outra coisa - ou a qualquer outra coisa. Disputa por terras, rivalidades pessoais, crimes motivados por dinheiro. A narrativa oficial define esses episódios todos como crimes singulares, desconexos.

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"O crime de Nag Hammadi foi simplesmente um crime isolado, sem motivos religiosos, da mesma forma que o crime de estupro contra a garota", disse Ahmedi Fathi Sorour, presidente do Legislativo egípcio, em entrevista ao jornal estatal Al Ahram.

Mas moradores locais, colunistas e legisladores, tanto cristãos quanto muçulmanos, dizem que a visão estreita do governo sobre o caso ignora a tensão subjacente entre as duas religiões, que vem incomodando a sociedade egípcia. Dos 80 milhões de habitantes do país, cerca de 10% são cristãos. Não importa qual tenha sido a motivação do atirador, o ataque, e os subsequentes conflitos e tumultos, serviram para colocar em destaque essa divisão religiosa.

"Aqueles que definem o ocorrido como um crime individual não conseguiram explicar até agora o motivo de um ataque a tiros contra um grupo de pessoas que estavam saindo de uma igreja em um feriado religioso, e que causou a morte de seis coptas", escreveu Salama Ahmed Salama, o presidente do conselho editorial do diário independente Shorouk. "E qual foi o verdadeiro motivo, especialmente porque o homem que cometeu o crime é conhecido por suas conexões com bandidos e pistoleiros pagos, e não com os religiosos extremistas?"

Nag Hammadi é uma cidade de cerca de 50 mil habitantes cerca de 65 quilômetros ao norte de Luxor, onde se localiza o famoso Vale dos Reis. Trata-se de um centro comercial construído à beira do Nilo, em um trecho largo do rio, em uma paisagem cercada por cristas arenosas. As ruas são movimentadas, repletas de táxis, carroças e vendedores de frutas. A paisagem é pontuada pelos minaretes das mesquitas e torres de igrejas. Cerca de 10% dos moradores são cristãos.

"Todo mundo vive junto aqui, não temos problemas", disse Korashi Ali Mahran, 22 anos, funcionário de uma companhia farmacêutica que mantém um armazém na rua central da cidade. Ele e 11 colegas estavam em um momento de folga, do lado de fora do armazém, em uma tarde recente. Metade eram muçulmanos, metade cristãos coptas. "Eu tenho amigos pessoais cristãos", disse Mahran, sorrindo para Sami Haroon, um cristão que estava sentado ao seu lado. "Não estou assustado; ele sai para comprar comida, e comemos todos juntos".

Todos os homens sorriram e fizeram acenos de concordância. O que ele queria dizer era que muita gente abriga superstições sobre dividir uma refeição com alguém de outra religião, como se isso pudesse resultar em uma conversão forçada. Trata-se de um boato, mas que vem sendo difundido com tom de grave seriedade.

Na vida cotidiana laica, as divisões podem ser bastante sutis. As pessoas trabalham juntas, estudam juntas, mas mantêm vidas sociais separadas. Os bairros são integrados, mas as vidas privadas continuam segregadas. A tensão costuma crescer quando os jovens falam de vídeos que mostram garotas muçulmanas em companhias de jovens cristãos, distribuídos via celular, ou quando os pais cristãos se queixam por seus filhos se verem forçados a estudar o Corão, nas escolas públicas.

Os colegas de trabalho no armazém reconheceram, com acenos lentos, que havia pouca convivência em Nag Hammadi. "Nós vivemos vidas separadas", disse Essam Atef, 32 anos, cristão que administra o negócio farmacêutico. "Caso haja um casamento, você apresenta suas congratulações, e se alguém adoecer, pode-se fazer uma visita; mas as duas religiões vivem separadas aqui".

Fonte: https://www.portasabertas.org.br/noticias/2010/02/noticia6015/


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