Enquanto a crise humanitária se aprofunda em conseqüência do terremoto no Paquistão, a Portas Abertas continua a levar cuidados essenciais aos refugiados e irá construir acampamentos antes que o rigoroso inverno himalaio envolva a região (veja como ajudar também).
Apesar da região da Caxemira controlada pelo Paquistão ser administrada por extremistas muçulmanos e contar com uma Igreja discriminada e perseguida, o governo local fez um convite aberto às organizações cristãs para levar ajuda a essa região, normalmente fechada.
Um líder cristão local de uma igreja clandestina disse: "Esse é um momento importante na história da Caxemira. Há anos, os extremistas muçulmanos dizem que os cristãos são malignos e que querem apenas converter os outros pela força. Se conseguirmos mostrar o incondicional e humanitário amor de Cristo na seqüência dessa tragédia, iremos romper com essa visão distorcida".
"Oramos para que uma maior liberdade religiosa possa ser alcançada, na medida em que o governo perceber o quanto amamos esse povo e desejamos ajudá-los a reconstruir suas comunidades".
No início de novembro, quatro caminhões carregados de água potável, sacas de farinha de trigo e arroz, galões de óleo de cozinha, cobertores térmicos e remédios visitaram a região entregando ajuda.
Portas Abertas, em parceria com outras organizações, está também procurando locais para estabelecer, até o começo de dezembro, dois acampamentos de inverno para centenas de refugiados nas zonas do terremoto.
Estima-se que a maioria dos refugiados das montanhas tenha enterrado de 10 a 15 familiares antes de chegar às cidades em busca de comida e abrigo.
Um homem contou a um membro de uma igreja local: "Houve um barulho de trovão e eu só pude ver um lado da montanha cedendo e assistir, sem poder fazer nada, enquanto meus quatro filhos eram arrastados sob toneladas de pedras".
"Eles todos estão mortos, e eu provavelmente nunca verei seus corpos outra vez".
Aviso de "segundo ciclo de mortes"
O terremoto de 7.6 graus na escala Richter causou maior devastação na Caxemira controlada pelo Paquistão, deixando mais de 73 mil mortos e 80 mil mutilados.
Quatro semanas depois da tragédia, cerca de 500 mil pessoas ainda não haviam recebido ajuda, já que a assistência internacional está longe de atender a todas as necessidades. Teme-se que perto de um milhão e meio de pessoas não tenham abrigo adequado para sobreviver ao rigor do inverno.
Trabalhadores das entidades de socorro advertiram sobre a possibilidade de um "segundo ciclo de mortes" em conseqüência das doenças, da fome e dos rigores do gélido inverno.
Mas a Portas Abertas não busca ser apenas uma agência de socorro, lado a lado com as organizações parceiras junto à Igreja do sul da Ásia. Um líder local disse: "Temos duas ações distintas nessa situação - queremos nos envolver na reconstrução dessa sociedade no longo prazo e queremos fortalecer os cristãos perseguidos, para que tenham um papel maior na reconstrução de seu país".
O compromisso para um longo período é demonstrado pelo desejo de abrir escolas, clínicas e um hospital de próteses de membros para mais de 50 mil amputados. Um cristão de Lahore perguntou: "Em poucos meses as agências assistenciais terão ido embora, mas quem estará lá para ajudar os amputados a andar outra vez? Nós estaremos - com a ajuda de Deus".
Aumento da perseguição
A situação para os cristãos locais na região da Caxemira controlada pelo Paquistão, entretanto, é difícil. O estado tem sido dirigido por extremistas desde a década de 1970, quando missionários de outras partes do Paquistão foram expulsos.
É impossível para um cristão adquirir uma propriedade ou construir uma igreja nessa região.
Em anos recentes, alguns crentes foram martirizados pelos extremistas muçulmanos. Um cristão foi enrolado em um cobertor com uma Bíblia sobre o peito e um tiro.
A comunidade cristã apresenta um perfil frágil, escondendo suas Bíblias, reunindo-se em segredo, vivendo uma vida dupla. Se são descobertos, os cristãos enfrentam uma terrível escolha: negar a Cristo ou morrer!
Depois do terremoto, de acordo com algumas famílias da região, tudo ficou ainda pior. Um cristão confidenciou: "Alguns extremistas muçulmanos vieram com ajuda e disseram que todas essas coisas aconteceram porque cada um de nós tinha falhado na verdadeira prática do islã. Então não estamos enfrentando só a fome, estamos enfrentando um agravamento da radicalização da população".
Por outro lado, os próprios extremistas também não têm recebido ajuda. Um cristão paquistanês que acabou de voltar da região contou: "Qualquer um que chega com ajuda é saudado como um herói, não importa de que religião seja".
"Quanto mais os cristãos levam comida, cobertores e remédios, mais nós fortalecemos moderação nessa área e talvez, num longo prazo, mostremos que os cristãos podem ser uma magnífica força para o bem aqui".
Ele acrescentou: "Não seria admirável se esse terrível terremoto acabasse criando mais abertura e liberdade e levasse a um novo nível de confiança e respeito entre cristãos e muçulmanos na Caxemira?"
O centro do terremoto foi Balakot, e as colinas ao redor estavam cheias de campos de treinamento e esconderijos de extremistas rebeldes. É possível que essa insurgência tenha sofrido um golpe fatal.
Um líder paquistanês cristãos afirma: "No rastro dessa terrível tragédia, uma porta foi aberta para mostrarmos o amor de Cristo aos habitantes da Caxemira, que geralmente encontram-se isolados atrás de paredões de montanhas e de extremismo".
"Por favor, dê-nos esses recursos para mostrarmos o amor de Cristo nessa região do mundo anteriormente fechada, e para fortalecermos a igreja que permanece lá".
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