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Egito vive clima de tensão religiosa após atentados

No Egito, onde a religião é informação que consta de todos os documentos oficiais de qualquer cidadão, como carteira de identidade e passaporte, qualquer mudança pode ser fatal. Duas histórias de amor e conversão foram o estopim para a série de incidentes que começou com o atentado que matou 23 pessoas em frente a uma igreja ortodoxa copta em Alexandria, na noite de Ano Novo, e segue desde então. No caso mais recente, na tarde da última terça-feira (11), um policial atirou em mulheres que não usavam véu dentro do vagão de um trem e assassinou o cristão copta Fathi Said Ebeid, de 71 anos.

“Aquele louco ia e vinha pelo trem procurando os cristãos. Vendo um grupo de mulheres e meninas que não usavam véu, concluiu que fossem cristãs e atirou”, manifestou-se publicamente o bispo Dom Morcos, da Igreja copta em Salamut, cidade da região de Minya, a 200 quilômetros ao sul do Cairo, onde aconteceu o incidente. O policial Amir Ashur Abdel Zaher, que estava fora do horário de trabalho e usou uma pistola da corporação, foi preso, mas as autoridades negam motivação religiosa para o ataque.

“Isso não tem nada a ver com a religião das vítimas, mas com o estado mental dele”, declarou o governador de Minya, Ahmed Diaa Al-Din, para quem o policial teria demonstrado frustração com o salário de cerca de 600 libras egípcias (cerca de R$ 175 reais).

Tenha sido religiosa ou não a motivação para este crime, as comunidades cristãs no Egito estão alarmadas. “Nós estamos sendo eliminados um a um”, gritou a irmã de Ebeid, Yvonne, durante o funeral, realizado na quarta-feira, no Cairo.

Religiosos católicos, que formam um grupo ainda menor no país, também têm expressado preocupação. O governo egípcio, laico, chamou de volta ao Cairo sua embaixatriz junto ao Vaticano, após qualificar como uma “ingerência inaceitável em assuntos internos” um pronunciamento do Papa Bento XVI que citava os ataques no Egito, além dos ocorridos nos últimos dias também no Iraque e na Nigéria, para pedir que esses governos garantam que cristãos possam praticar sua fé sem discriminação ou violência.

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“Simplesmente, não converse sobre religião com ninguém aqui. Este é um assunto muito delicado e que costuma trazer problemas”, aconselhou o padre mexicano Alberto Sanchez, residente em uma paróquia católica de rito latino – o mesmo usado na maior parte das celebrações católicas no Brasil – no bairro de Zamalek, no Cairo, onde estão concentradas embaixadas e moradores estrangeiros.

A paróquia, fundada por missionários combonianos emigrados do Sudão em 1888, hoje não tem um sacerdote que seja egípcio por nascimento. Ela atende principalmente a comunidades de “refugiados da fome” da Eritreia e da Etiópia, mais ao sul do continente africano.

Segundo o padre Sanchez, há nove meses no país, os conflitos entre grupos islâmicos supostamente ligados a Al-Qaeda e cristãos, principalmente ortodoxos coptas, acirraram-se após o suposto sequestro de Camellia Shehata e Wafaa Constantine, duas mulheres ortodoxas que se converteram ao Islã para poderem casar-se com muçulmanos.

“De certa forma, pode-se dizer que existem duas grandes causas para a diminuição do número de cristãos no Egito: o preconceito que dificulta a ascensão social e o amor, já que muitas pessoas, sobretudo homens, precisam converter-se para casar-se com cidadãos islâmicos”, contou o padre.

“No Egito, as autoridades não entendem a religião como um assunto privado. Ela está estampada nos nossos documentos e na nossa pele”, disse a professora Nancy Fahman, mostrando a cruz copta tatuada no pulso direito quando ela ainda era criança. A tatuagem é costume entre os ortodoxos e foi, inclusive, utilizada pela polícia para identificar e permitir a entrada de fieis nas celebrações do Natal copta, comemorado no dia 7 de janeiro, nas igrejas, que tiveram segurança reforçada. Hoje, não há, no Cairo, uma igreja cristã que esteja sem proteção policial 24 horas por dia.

Sobre o suposto sequestro, Nancy, que tornou-se evangélica, conta que as mulheres Camellia e Wafaa teriam se arrependido da conversão ao Islã, o que não teria sido aceito pelos noivos e pela comunidade muçulmana. De acordo com o padre Sanchez, elas estariam refugiadas em um mosteiro. Porém, em entrevista a uma emissora de televisão local, o líder máximo da Igreja Ortodoxa Copta, Papa Shenouda III, declarou em que todos os templos e mosteiros coptas estão abertos à visitação pública e nada têm a esconder.

De fato, prédios como a “Igreja Suspensa”, do século IV, e a igreja de São Sérgio e São Baco, construída sobre uma caverna que teria abrigado Jesus, Maria e José durante a fuga para o Egito, estão entre as principais atrações turísticas do país. “Copta significa egípcio. Era assim que os egípcios eram chamados pelos árabes, antes da conquista islâmica, no século VII. Portanto, cristãos ou muçulmanos, a verdade é que todos os egípcios são coptas”, afirmou a professora Nancy.

História

Historicamente, os cristãos coptas estão no Egito desde o ano 42, quando uma primeira igreja foi fundada pelo evangelista São Marcos, em Alexandria. Apenas no ano 451, os grupos dividiram-se entre católicos coptas – católicos submetidos à jurisdição do Vaticano, mas que celebram suas cerimônias em com um rito próprio – e ortodoxos coptas, após um racha teológico sobre a natureza humana e divina de Cristo, no encontro de bispos chamado de Concílio de Calcedônia. Desde então, os ortodoxos elegem seu próprio papa, como Shenouda III, considerado sucessor de São Marcos.

As estatísticas sobre o número de ortodoxos coptas variam entre 15% e 20% do total população egípcia, que soma 81,7 milhões de habitantes. Há, ainda, comunidades de emigrantes que reúnem mais de 1 milhão de adeptos da religião nos Estados Unidos e mais de 500 mil no Sudão. No Brasil, estima-se em 5 mil o número de ortodoxos coptas. No Egito, há ainda cerca de 800 mil católicos e protestantes, além de mínimas comunidades judaicas. Segundo o censo oficial, porém, o número de habitantes não islâmicos no país caiu pela metade, em 100 anos.

Apesar de reclamação de que sofreriam restrições sociais e políticas no país, os ortodoxos estão representados em dois ministérios no governo do presidente Hosni Mubarak: Finanças e Meio Ambiente. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas de 1992 a 1996, Boutros Boutros-Ghali, é outro seguidor proeminente da religião.

Fonte: https://www.portasabertas.org.br/noticias/2011/01/noticia6826/


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