Na Mauritânia, a Irmandade Muçulmana, uma organização islâmica radical que pretende retomar os ensinamentos originais do alcorão, continua a crescer nos bairros mais pobres ao redor da capital Nouakchott. A organização já atua em cerca de 70 países e tem o apoio de outros grupos extremistas que também lutam contra qualquer tipo de influência ocidental. O objetivo deles é impor a sharia (sistema de leis islâmicas) através de ações violentas.

Por conta disso, o nível de perseguição religiosa aumentou muito no país e o governo tem sido cada vez mais restritivo. Os estrangeiros que vivem na Mauritânia estão encontrando dificuldades para conseguir o visto e muitos trabalhadores migrantes têm seus direitos limitados. Para a igreja, a situação continua difícil, pois o evangelismo é visto como ofensa criminal pelas autoridades e há pena de morte para os mauritanos que se convertem ao cristianismo.

Além de todas as dificuldades com o governo e a pressão da sociedade sobre os cristãos que são a minoria no país, eles ainda enfrentam uma intensa seca nesta época do ano. A Mauritânia é um dos países mais áridos da África e fica na região do deserto do Saara. A maior parte da população depende da agricultura e da pecuária para sobreviver, mas as consequências das últimas grandes secas nas décadas de 70 e 80 ainda são sentidas até os dias de hoje. O país vive uma crise financeira e a única riqueza com a qual os cristãos mauritanos podem contar é a presença de Cristo em suas vidas.